A Tralha da Himmel
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Himmelslicht
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Imaginary :: Geral :: Arte Pessoal
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A Tralha da Himmel
Trouxe a minha tralha e é para ficar! Espero que não vos incomode muito.
Eu faço de tudo um pouco, mas, uma vez que estou com preguiça de fazer upload dos meus trabalhos de Photoshop, vou mostrar-vos os meus poemas (pelo menos aqui posso mostrar os poemas em português, lol).
Neblina
Freme o vento no vale condensante enevoado
Névoa espessa, esfumada e traidora
Mata-me a visão de tão estar cerrado
Constrói medos, ordinária, destruidora
Despe a tua névoa e mostra-te, sem pudor
O poder dos teus pecados num perverso fulgor
Lama de fúrias, horror, ódio e torturas
O teu injurioso poder, tu destróis, não curas!
Detestável, colérica, hipócrita, mentirosa!
Continua a possuir-te das nuvens inocentes
Pecados de obsessão de uma meretriz vergonhosa
Que os desalmados possui, virando para ela serventes.
Paraíso Infernal
Posso sentir que as minhas palavras o vento leva
Como leves pétalas metamorfoseadas em cinzas
Embalando frases cuja cruel rejeição nega
Poesias que vêem do nada, tornadas em sinfonias.
Posso secar as minhas lágrimas com o tépido vento
Embalar a minha vergonha numa lasciva dança
Uma transmutação de felicidade em sofrimento
Uma canção que perpetuamente sibilada não cansa.
Foi-me negado um pedaço do paraíso meu
O fogo do ódio queimou o meu jardim de sonhos
E agora tudo o que me resta é o fustigado céu
Repleto de chamas, lacrimejando os meus olhos.
Paraíso de labaredas, quero-te para sempre a mim
Inferno de almas gritantes, lamentosas, chorosas
Rogando misericórdia por deixá-las ardendo assim
Insignificantes gritos de levianas consciências pecaminosas.
O paraíso seis pisos abaixo do solo...
Redenção
Chovem lágrimas do negro céu cansado
Enquanto que cá dentro expande-se uma luz
Pedi aos anjos ter o meu erro perdoado
O sonho que tive a mim incontrolavelmente conduz
Dentro do meu coração existe um rochedo
Que só a força do perdão pode quebrar
Pedi aos anjos que me redimissem mesmo não sendo cedo
Existe dentro de mim um sonho que os olhos faz encharcar
Tentei manipular o que sentia, karma acumulado
Por favor, perdoa-me, eu sei que errei, tristemente
Mas os meus erros denunciam o que eu teria amado
E num triste dia evitado, assim, estupidamente
Sou das mortais, humanas, mundanas!
Despojo-me agora do orgulho
Engulo as lágrimas falsas e insanas
Dentro da minha vergonha eu mergulho!
Perdoa-me, desculpa-me, escusa-me!
Três sinceras palavras
Para um cristalino sentimento de culpa.
Valsa da Meia-Noite
Estou aqui¿ aqui! Porque deveria eu estar aqui?
E não em qualquer outro insignificante ponto do infinito Universo?
Olho para estrelas, e sei quando ele alegremente sorri
Quando me lembro que estamos tão longe; afundo-me num amuo imerso
Tão longe, tão perto¿ tão perto que te sinto cá dentro
Emerge como que uma explosão neste rubro coração
Gostaria de o porquê entender de ainda estares aí no teu canto
Tenta, eu sei que és capaz, não te atrevas a resistir à atracção
Podemos dançar a valsa num parque à noite
A tua fantasmagórica silhueta próxima à mim
Eu sei que tudo tem que ser mesmo assim
Olhas para dentro de mim, a timidez não impede que te fite
A luz da rua banha-nos como num teatro
Somos actores, espectadores, peça em estreia
Faz da nossa mútua valsa a última ceia
E conduz a orquestra com a destreza dum maestro.
Livre!
Diz-me os demónios que te atormentam, meu amor
Estarei aqui para afastá-los, matar a tua dor
Sei que agonizas e nada dizes a mim
Mas não te deixarei morrer assim
E depois, que importa se as estrelas estão encobertas?
A agreste lua não alumia o meu caminho
Quem se importa comigo!? Não sou feita de palavras aladas
E sei que dormirei no descampado, enquanto cai o escurinho
E em algum outro lugar estás tu, com certeza com outra qualquer
Enquanto eu de coração partido desfaço em tua memória um malmequer
Que posso eu fazer? Se tudo o que eu sou, tenho orgulho em no ser?
Olha-me nos olhos, este é o meu desejo, pelo menos antes de morrer
Temo que na tua boca sejam desfeitas as promessas
Para todas aquelas a quem tu prometeste e não cumpriste
Continuarás a fazer isto, quebrando corações, sabendo que não cessas
E quando o mal já feito estava, olhaste para trás e simplesmente riste
Não fales comigo, fala para mim, olhos nos olhos
Não te deixarei quebrares os meus sonhos
Marcarei a diferença em todas as tuas estações
Detenho o perigo em mãos, não darás a mim mais lições!
O Casulo
Estou fechada, fechada num enorme casulo
Passei pela tempestade da vida e agora a bonança
A bonança de um dia ter tido as tuas rosas sobre o meu colo
Mas de nada me serviram, se não alimentaram a minha esperança
Não tenhas compaixão por mim, não é através dela que sobrevivo
Sobrevivo às chuvadas fortes através dos restos de amor escasso
O sol raras vezes contemplei e a minha vida assim é um fracasso
Pois o meu coração sem dó arrancaste, incrivelmente, a sangue frio
E aqui sobrevivo eu, sem um coração que me foi tirado
Restam-me as sobras do sangue que me corre nas veias
E a minha imaginação que carrega o meu sonho alado
Volto ao meu submundo frio e iluminado pelas velas
Mas um dia o casulo abrir-se-á e dele sairá um linda borboleta...
Assassino Silencioso
Olha-te no espelho e diz-me o que vês
Uma imagem distorcida, desfocada, desfigurada?
Transforma a tua dor em algo que possas ver
Sentes-te protegida porque sabes que podes lutar
Lutar contra ela quando ela ainda está lá
Mas o teu corpo ficará frágil e não aguentarás mais
Até ao dia em que o pior pode acontecer
Até lá ainda muito irás sofrer
Nessa dor silenciosa que só tu reparas e ignoras
Matando a cada dia mais um pouco de ti mesma
Perdendo a identidade que demoraste tanto
Tanto a formar...
Desisto
Tu esqueces e Eu desisto...
Estou cansada de esperar por algo que não terei
Olho para trás e vejo o que perdi por prometer
Algo que não era teu nem nunca será, desistirei
Nunca fui tua e nunca serei, serei minha até morrer
Todos os dias acordo e lembro-me da promessa a cumprir
Já sofri demais por esse tipo de promessas fazer
Cada dia arrasta-me mais para um oceano que não consegue emergir
Esta areia movediça que me empurra para o meu profundo do meu ser
Coloquei-te no pedestal dos meus sonhos, que crescem
De dia para dia, eles aumentam e preenchem-me a cabeça
Mas tu continuas a pressionar e esqueces-te dos meus sonhos que padecem
Desisto de correr atrás de um sonho impossível, um vício que não cessa
Há-de chegar o dia em que isto vai acabar
Vou conseguir recuperar os meus antigos sonhos
Vol voltar a ser a mesma pessoa de sempre e vou sonhar
Sonhar muito, a tua sombra desaparecerá no meio dos escombros
Escombros de sonhos viciados que só me matavam por dentro.
Como se...
Como queres que da minha esperança faça proveito
Se os meus ternos sentimentos não levas a peito?
Como queres que por ti tenha sincero respeito
Se a serenidade da alma não pousa sobre o meu leito?
Como queres que me sinta segura e protegida
Se instantes depois deixas-me sem guarida?
Como queres que encontre por ti a felicidade alada
Se não existe a emoção que há muito fora liquidada?
Como queres que te diga que te quero
Se de mim não cuidas com cuidado e esmero?
Como queres que esconda o meu ódio tão mero
Se me largas para trás e a tua indiferença não tolero?
Como queres que te faça uma carícia
Se quando tu me abandonas só penso em malícia?
Como queres que não use a minha ironia
Se toda a tua apatia os meus poros contagia?
Como se um dia fosse tudo como eu sempre desejei...
Esta sou Eu!
Esta sou eu quando chora
Esta sou eu quando lamenta
Esta sou eu e sou a outra
Esta sou eu e sou aquela
A minha tristeza é como um rio
Que corre desaguando na angustia
Do desespero que me desalenta ao frio
Matando a minha doce ilusão de realidade fugidia
Os meus sonhos são como um barco de papel
Navegando por entre as águas geladas de Inverno
Querendo apanhar o próximo encantando corcel
Que, quiçá, por engano não os levaria para o inferno!
Não voo porque me tiraram as asas
Ensina-me a voar nos meus sonhos
Para depois lá de cima ver as casas
E quebrar os meus dogmas medonhos
Esta sou eu quando chora
Esta sou eu quando lamenta
Esta sou eu e sou a outra
Esta sou eu e sou aquela
Esta sou eu, a que aprendeu a voar!
Medo de Amar
Poderei confiar nos meus sentimentos
Quando eles são parte dos meus tormentos?
Ansiava o vento nocturno me levar os pensamentos
Quando sobre ti recaem todos os meus sofrimentos
Fremo só de pensar por ti me encantar
A minha pele se arrepia ao ver-te passar
O meu coração galga ao sentir o teu olhar
A minha boca seca ao contemplar-te falar
Só que estou sozinha num mundo à minha conta
Onde tudo no fundo é escuro e isso me amedronta
Mesmo quando os teus gestos me deixam tonta
E isso me faz indagar se para isto estarei pronta
Não quero me apaixonar por uma ilusão novamente
Pois não existe mais nada que o meu coração sustente
Não quero me encantar por falsas esperanças da mente
Porque a minha cabeça o tolo coração não conssente
Sou uma criança se aventurando nos campos das paixões
Possivelmente esperando pelo caçador de corações
O Don Juan de todas as históricas e badaladas canções
Sou a Maria Madalena esperando as futuras maldições
Não sei onde consegui toda a força para de novo me erguer
Depois de tudo aquilo que eu sei que mui me fez sofrer
Levantei a cabeça e procurei o meu orgulho pensando ainda o ter
Mas perdi-o lá atrás, há muito tempo, agora por ele nada podia fazer
Se eu tenho que sofrer, por favor, que não seja de amor
Porque eu já bem lhe conheço a tonalidade e a cor
E a angústia que eu depressivamente contente chamava dor
Mas agora decidi que por ti lutarei com todo o meu suor
Ânsia da Incerteza
Porque me sinto melancólica?
A certeza continua incerta
Já te mostrei o quanto sou única
Mas não vou deixar a porta aberta
O sol deu lugar às nuvens cinzentas
Posso ver da janela baçada de calor
Desfocada como o segredo que sustentas
Suplício para ti é o meu grande amor
Não me digas o que quero ouvir
Não me mostres o que quero sentir
Não me empurres pela tua mentira
Não quero saber se ela irisa como safira
Os dias estão cada vez mais curtos
E as noites cada vez mais longas
Os meus sonhos estão no mar, surtos
E a tristeza desaparece embalada pelas ondas
Adormecer
Adormecer...
Quero adormecer
Cair no embalo do arrependimento que me queima
Ser afagada pelas mentiras que alimentei
E desprender-me deste mundo por um segundo
Queria que o sono fosse brevemente eterno
Apagar todos os tormentos que me seguem
Apagar todos os pesadelos que não me deixam dormir
Sou uma barco à deriva no mar, sem saber o norte
Não me mostres o Cruzeiro do Sul ou a Ursa Menor
Não saberei ao certo o lugar ideal para fugir de ti
Ou talvez fugir de mim, conto mentiras a mim mesma
E acabo por acreditar nelas, tornam-se realidade
E a realidade é tão fugidia que lhe temo como o tempo
Estou sozinha, sozinha, amargamente sozinha
Foge o chão por baixo de mim e não tenho para onde ir
Basta!
Por quantas ilusões terei de passar?
A dor cá dentro que não cessa
Os sonhos que morrem esperando pela realidade!
Os pesadelos que me atormentam enquanto acordada!
Desisto de tentar sobreviver às pancadas
Desisto de procurar pela perfeição quando ela não existe
Desisto de procurar pelo amor que se extingue a cada dia!
Desisto, desisto de sofrer por ti
E a cada dia que passa
Odeio-me tanto por te amar
Os sorrisos foram trocados por lágrimas
A felicidade deu lugar à agonia!
Não entendes?
Nunca vais entender!
Para ti é complicado demais entender o sofrimento quando se ama de verdade
Quis te mostrar o que era amor, mas recusaste, então nunca mais aprenderás
Porque não sou uma boneca, moldada para ser usada e destruída!
Não conseguiste o que querias, por isso fugiste, cobarde!
E simplesmente...
Desisto de tentar sobreviver às pancadas
Desisto de procurar pela perfeição quando ela não existe
Desisto de procurar pelo amor que se extingue a cada dia!
Desisto, desisto de sofrer por ti
Cansada demais, procuro meu lugar solitário por entre a multidão...
________________________________________________________________________
Já chega :p
Eu faço de tudo um pouco, mas, uma vez que estou com preguiça de fazer upload dos meus trabalhos de Photoshop, vou mostrar-vos os meus poemas (pelo menos aqui posso mostrar os poemas em português, lol).
Neblina
Freme o vento no vale condensante enevoado
Névoa espessa, esfumada e traidora
Mata-me a visão de tão estar cerrado
Constrói medos, ordinária, destruidora
Despe a tua névoa e mostra-te, sem pudor
O poder dos teus pecados num perverso fulgor
Lama de fúrias, horror, ódio e torturas
O teu injurioso poder, tu destróis, não curas!
Detestável, colérica, hipócrita, mentirosa!
Continua a possuir-te das nuvens inocentes
Pecados de obsessão de uma meretriz vergonhosa
Que os desalmados possui, virando para ela serventes.
Paraíso Infernal
Posso sentir que as minhas palavras o vento leva
Como leves pétalas metamorfoseadas em cinzas
Embalando frases cuja cruel rejeição nega
Poesias que vêem do nada, tornadas em sinfonias.
Posso secar as minhas lágrimas com o tépido vento
Embalar a minha vergonha numa lasciva dança
Uma transmutação de felicidade em sofrimento
Uma canção que perpetuamente sibilada não cansa.
Foi-me negado um pedaço do paraíso meu
O fogo do ódio queimou o meu jardim de sonhos
E agora tudo o que me resta é o fustigado céu
Repleto de chamas, lacrimejando os meus olhos.
Paraíso de labaredas, quero-te para sempre a mim
Inferno de almas gritantes, lamentosas, chorosas
Rogando misericórdia por deixá-las ardendo assim
Insignificantes gritos de levianas consciências pecaminosas.
O paraíso seis pisos abaixo do solo...
Redenção
Chovem lágrimas do negro céu cansado
Enquanto que cá dentro expande-se uma luz
Pedi aos anjos ter o meu erro perdoado
O sonho que tive a mim incontrolavelmente conduz
Dentro do meu coração existe um rochedo
Que só a força do perdão pode quebrar
Pedi aos anjos que me redimissem mesmo não sendo cedo
Existe dentro de mim um sonho que os olhos faz encharcar
Tentei manipular o que sentia, karma acumulado
Por favor, perdoa-me, eu sei que errei, tristemente
Mas os meus erros denunciam o que eu teria amado
E num triste dia evitado, assim, estupidamente
Sou das mortais, humanas, mundanas!
Despojo-me agora do orgulho
Engulo as lágrimas falsas e insanas
Dentro da minha vergonha eu mergulho!
Perdoa-me, desculpa-me, escusa-me!
Três sinceras palavras
Para um cristalino sentimento de culpa.
Valsa da Meia-Noite
Estou aqui¿ aqui! Porque deveria eu estar aqui?
E não em qualquer outro insignificante ponto do infinito Universo?
Olho para estrelas, e sei quando ele alegremente sorri
Quando me lembro que estamos tão longe; afundo-me num amuo imerso
Tão longe, tão perto¿ tão perto que te sinto cá dentro
Emerge como que uma explosão neste rubro coração
Gostaria de o porquê entender de ainda estares aí no teu canto
Tenta, eu sei que és capaz, não te atrevas a resistir à atracção
Podemos dançar a valsa num parque à noite
A tua fantasmagórica silhueta próxima à mim
Eu sei que tudo tem que ser mesmo assim
Olhas para dentro de mim, a timidez não impede que te fite
A luz da rua banha-nos como num teatro
Somos actores, espectadores, peça em estreia
Faz da nossa mútua valsa a última ceia
E conduz a orquestra com a destreza dum maestro.
Livre!
Diz-me os demónios que te atormentam, meu amor
Estarei aqui para afastá-los, matar a tua dor
Sei que agonizas e nada dizes a mim
Mas não te deixarei morrer assim
E depois, que importa se as estrelas estão encobertas?
A agreste lua não alumia o meu caminho
Quem se importa comigo!? Não sou feita de palavras aladas
E sei que dormirei no descampado, enquanto cai o escurinho
E em algum outro lugar estás tu, com certeza com outra qualquer
Enquanto eu de coração partido desfaço em tua memória um malmequer
Que posso eu fazer? Se tudo o que eu sou, tenho orgulho em no ser?
Olha-me nos olhos, este é o meu desejo, pelo menos antes de morrer
Temo que na tua boca sejam desfeitas as promessas
Para todas aquelas a quem tu prometeste e não cumpriste
Continuarás a fazer isto, quebrando corações, sabendo que não cessas
E quando o mal já feito estava, olhaste para trás e simplesmente riste
Não fales comigo, fala para mim, olhos nos olhos
Não te deixarei quebrares os meus sonhos
Marcarei a diferença em todas as tuas estações
Detenho o perigo em mãos, não darás a mim mais lições!
O Casulo
Estou fechada, fechada num enorme casulo
Passei pela tempestade da vida e agora a bonança
A bonança de um dia ter tido as tuas rosas sobre o meu colo
Mas de nada me serviram, se não alimentaram a minha esperança
Não tenhas compaixão por mim, não é através dela que sobrevivo
Sobrevivo às chuvadas fortes através dos restos de amor escasso
O sol raras vezes contemplei e a minha vida assim é um fracasso
Pois o meu coração sem dó arrancaste, incrivelmente, a sangue frio
E aqui sobrevivo eu, sem um coração que me foi tirado
Restam-me as sobras do sangue que me corre nas veias
E a minha imaginação que carrega o meu sonho alado
Volto ao meu submundo frio e iluminado pelas velas
Mas um dia o casulo abrir-se-á e dele sairá um linda borboleta...
Assassino Silencioso
Olha-te no espelho e diz-me o que vês
Uma imagem distorcida, desfocada, desfigurada?
Transforma a tua dor em algo que possas ver
Sentes-te protegida porque sabes que podes lutar
Lutar contra ela quando ela ainda está lá
Mas o teu corpo ficará frágil e não aguentarás mais
Até ao dia em que o pior pode acontecer
Até lá ainda muito irás sofrer
Nessa dor silenciosa que só tu reparas e ignoras
Matando a cada dia mais um pouco de ti mesma
Perdendo a identidade que demoraste tanto
Tanto a formar...
Desisto
Tu esqueces e Eu desisto...
Estou cansada de esperar por algo que não terei
Olho para trás e vejo o que perdi por prometer
Algo que não era teu nem nunca será, desistirei
Nunca fui tua e nunca serei, serei minha até morrer
Todos os dias acordo e lembro-me da promessa a cumprir
Já sofri demais por esse tipo de promessas fazer
Cada dia arrasta-me mais para um oceano que não consegue emergir
Esta areia movediça que me empurra para o meu profundo do meu ser
Coloquei-te no pedestal dos meus sonhos, que crescem
De dia para dia, eles aumentam e preenchem-me a cabeça
Mas tu continuas a pressionar e esqueces-te dos meus sonhos que padecem
Desisto de correr atrás de um sonho impossível, um vício que não cessa
Há-de chegar o dia em que isto vai acabar
Vou conseguir recuperar os meus antigos sonhos
Vol voltar a ser a mesma pessoa de sempre e vou sonhar
Sonhar muito, a tua sombra desaparecerá no meio dos escombros
Escombros de sonhos viciados que só me matavam por dentro.
Como se...
Como queres que da minha esperança faça proveito
Se os meus ternos sentimentos não levas a peito?
Como queres que por ti tenha sincero respeito
Se a serenidade da alma não pousa sobre o meu leito?
Como queres que me sinta segura e protegida
Se instantes depois deixas-me sem guarida?
Como queres que encontre por ti a felicidade alada
Se não existe a emoção que há muito fora liquidada?
Como queres que te diga que te quero
Se de mim não cuidas com cuidado e esmero?
Como queres que esconda o meu ódio tão mero
Se me largas para trás e a tua indiferença não tolero?
Como queres que te faça uma carícia
Se quando tu me abandonas só penso em malícia?
Como queres que não use a minha ironia
Se toda a tua apatia os meus poros contagia?
Como se um dia fosse tudo como eu sempre desejei...
Esta sou Eu!
Esta sou eu quando chora
Esta sou eu quando lamenta
Esta sou eu e sou a outra
Esta sou eu e sou aquela
A minha tristeza é como um rio
Que corre desaguando na angustia
Do desespero que me desalenta ao frio
Matando a minha doce ilusão de realidade fugidia
Os meus sonhos são como um barco de papel
Navegando por entre as águas geladas de Inverno
Querendo apanhar o próximo encantando corcel
Que, quiçá, por engano não os levaria para o inferno!
Não voo porque me tiraram as asas
Ensina-me a voar nos meus sonhos
Para depois lá de cima ver as casas
E quebrar os meus dogmas medonhos
Esta sou eu quando chora
Esta sou eu quando lamenta
Esta sou eu e sou a outra
Esta sou eu e sou aquela
Esta sou eu, a que aprendeu a voar!
Medo de Amar
Poderei confiar nos meus sentimentos
Quando eles são parte dos meus tormentos?
Ansiava o vento nocturno me levar os pensamentos
Quando sobre ti recaem todos os meus sofrimentos
Fremo só de pensar por ti me encantar
A minha pele se arrepia ao ver-te passar
O meu coração galga ao sentir o teu olhar
A minha boca seca ao contemplar-te falar
Só que estou sozinha num mundo à minha conta
Onde tudo no fundo é escuro e isso me amedronta
Mesmo quando os teus gestos me deixam tonta
E isso me faz indagar se para isto estarei pronta
Não quero me apaixonar por uma ilusão novamente
Pois não existe mais nada que o meu coração sustente
Não quero me encantar por falsas esperanças da mente
Porque a minha cabeça o tolo coração não conssente
Sou uma criança se aventurando nos campos das paixões
Possivelmente esperando pelo caçador de corações
O Don Juan de todas as históricas e badaladas canções
Sou a Maria Madalena esperando as futuras maldições
Não sei onde consegui toda a força para de novo me erguer
Depois de tudo aquilo que eu sei que mui me fez sofrer
Levantei a cabeça e procurei o meu orgulho pensando ainda o ter
Mas perdi-o lá atrás, há muito tempo, agora por ele nada podia fazer
Se eu tenho que sofrer, por favor, que não seja de amor
Porque eu já bem lhe conheço a tonalidade e a cor
E a angústia que eu depressivamente contente chamava dor
Mas agora decidi que por ti lutarei com todo o meu suor
Ânsia da Incerteza
Porque me sinto melancólica?
A certeza continua incerta
Já te mostrei o quanto sou única
Mas não vou deixar a porta aberta
O sol deu lugar às nuvens cinzentas
Posso ver da janela baçada de calor
Desfocada como o segredo que sustentas
Suplício para ti é o meu grande amor
Não me digas o que quero ouvir
Não me mostres o que quero sentir
Não me empurres pela tua mentira
Não quero saber se ela irisa como safira
Os dias estão cada vez mais curtos
E as noites cada vez mais longas
Os meus sonhos estão no mar, surtos
E a tristeza desaparece embalada pelas ondas
Adormecer
Adormecer...
Quero adormecer
Cair no embalo do arrependimento que me queima
Ser afagada pelas mentiras que alimentei
E desprender-me deste mundo por um segundo
Queria que o sono fosse brevemente eterno
Apagar todos os tormentos que me seguem
Apagar todos os pesadelos que não me deixam dormir
Sou uma barco à deriva no mar, sem saber o norte
Não me mostres o Cruzeiro do Sul ou a Ursa Menor
Não saberei ao certo o lugar ideal para fugir de ti
Ou talvez fugir de mim, conto mentiras a mim mesma
E acabo por acreditar nelas, tornam-se realidade
E a realidade é tão fugidia que lhe temo como o tempo
Estou sozinha, sozinha, amargamente sozinha
Foge o chão por baixo de mim e não tenho para onde ir
Basta!
Por quantas ilusões terei de passar?
A dor cá dentro que não cessa
Os sonhos que morrem esperando pela realidade!
Os pesadelos que me atormentam enquanto acordada!
Desisto de tentar sobreviver às pancadas
Desisto de procurar pela perfeição quando ela não existe
Desisto de procurar pelo amor que se extingue a cada dia!
Desisto, desisto de sofrer por ti
E a cada dia que passa
Odeio-me tanto por te amar
Os sorrisos foram trocados por lágrimas
A felicidade deu lugar à agonia!
Não entendes?
Nunca vais entender!
Para ti é complicado demais entender o sofrimento quando se ama de verdade
Quis te mostrar o que era amor, mas recusaste, então nunca mais aprenderás
Porque não sou uma boneca, moldada para ser usada e destruída!
Não conseguiste o que querias, por isso fugiste, cobarde!
E simplesmente...
Desisto de tentar sobreviver às pancadas
Desisto de procurar pela perfeição quando ela não existe
Desisto de procurar pelo amor que se extingue a cada dia!
Desisto, desisto de sofrer por ti
Cansada demais, procuro meu lugar solitário por entre a multidão...
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Já chega :p
Himmelslicht- Missing
- Mensagens : 66
Data de inscrição : 02/08/2008
Idade : 32
Localização : Benguela - Angola
Re: A Tralha da Himmel
Estou a aceder ao fórum a partir do telemóvel, por isso ñ li todos os poemas.
Mas o primeiro achei fantástico. Adoro, adoro...
Daqui a uma semana, quando voltar para casa, vou ler todos os poemas com maior atenção e depois já posso fazer uma crítica mais constructiva.
Mas o primeiro achei fantástico. Adoro, adoro...
Daqui a uma semana, quando voltar para casa, vou ler todos os poemas com maior atenção e depois já posso fazer uma crítica mais constructiva.
Re: A Tralha da Himmel
God, tanta coisa... tou como o andré, também nao comento já...
Cloud- Good Enough
- Mensagens : 388
Data de inscrição : 09/07/2008
Idade : 32
Localização : nos fundos
Re: A Tralha da Himmel
Obrigada, Evadd
Ahah, lol!
Ok, vou por aqui uma coisa mais "chamativa" aos vossos olhos
Ah, tou com preguiça de fazer mais uploads porque a net aqui é mesmo stressante...
EDIT:
Sim, críticas de todos os tipos são muito apreciadas =)
Sejam mauzinhos se for preciso, eu não me importo, desde que seja para melhorar.
Ahah, lol!
Ok, vou por aqui uma coisa mais "chamativa" aos vossos olhos
Ah, tou com preguiça de fazer mais uploads porque a net aqui é mesmo stressante...
EDIT:
Sim, críticas de todos os tipos são muito apreciadas =)
Sejam mauzinhos se for preciso, eu não me importo, desde que seja para melhorar.
Himmelslicht- Missing
- Mensagens : 66
Data de inscrição : 02/08/2008
Idade : 32
Localização : Benguela - Angola
Re: A Tralha da Himmel
Tal como eles ainda não li todos os poemas, mas fui lendo alguns e gostei bastante... consegues manter uma estrutura "normal" e com tipos de rima "normais", mas não fica foleiro, como acontece com tantos outros poemas... Gostei muito do primeiro, do "Esta Sou Eu!", do "Assassinio Silencioso", entre outros... é difícil interiorizar tantos de uma só vez...
Também gostei bastante da montagem... descobri essas imagens da Amy há pouco tempo...
Também gostei bastante da montagem... descobri essas imagens da Amy há pouco tempo...
Re: A Tralha da Himmel
LC Lithium escreveu:
Também gostei bastante da montagem... descobri essas imagens da Amy há pouco tempo...
Onde? Eu não as encontro :S
Mariana G.- Administrador
- Mensagens : 229
Data de inscrição : 11/06/2008
Re: A Tralha da Himmel
Obrigada a ambos!
As fotos dessa montagens acho que estão em www.amy-fan.org
Não tenho a certeza mas acho que é isso.
Eu e umas amigas minhas construímos um blog para a saga dos livros e do filme Twilight e eu fiz o banner, vejam e digam o que acham ^.^
http://twilightvamps.pt.vu/
As fotos dessa montagens acho que estão em www.amy-fan.org
Não tenho a certeza mas acho que é isso.
Eu e umas amigas minhas construímos um blog para a saga dos livros e do filme Twilight e eu fiz o banner, vejam e digam o que acham ^.^
http://twilightvamps.pt.vu/
Himmelslicht- Missing
- Mensagens : 66
Data de inscrição : 02/08/2008
Idade : 32
Localização : Benguela - Angola
Re: A Tralha da Himmel
Mariana G. escreveu:LC Lithium escreveu:
Também gostei bastante da montagem... descobri essas imagens da Amy há pouco tempo...
Onde? Eu não as encontro :S
Estão aqui...
http://lnx.evanescencewebsite.com/TheOpenDoor/thumbnails.php?album=958
Desculpem o off-topic...
Re: A Tralha da Himmel
Ainda só li o primeiro poema, logo irei ler os outros. Gostei imenso, Parabéns!
Mariana G.- Administrador
- Mensagens : 229
Data de inscrição : 11/06/2008
Re: A Tralha da Himmel
Eu já li tudo. Gostei de todos, mas mais dos 3 primeiros... Tambem gosto de usares assim umas nuances religiosas nos teus poemas... Estão muito bons
Artic- Where Will You Go?
- Mensagens : 179
Data de inscrição : 03/07/2008
Idade : 31
Localização : North Hill Town
Re: A Tralha da Himmel
Ja li os 3 primeiros, e tao muito bons
Depois vou ler o resto, mas devem tar tambem bons!
Depois vou ler o resto, mas devem tar tambem bons!
Marco- Understanding
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Idade : 33
Localização : Cascais
Re: A Tralha da Himmel
Obrigada a todos! Ainda bem que gostam.
Tenho aqui outro que acho muito mais bonito que muitos que estão aí.
Nunca reparei nos elementos religiosos que uso nos meus poemas! Mas é verdade! x'D
Sou Princesa
Enclausurada em fortes paredes de pedra espero-o chegar
O eterno, derradeiro, único e amado guerreiro sem temor
O que tiver coragem de ao dragão o meu coração tomar
E desta prisão sufocante me libertar nos braços do verdadeiro amor
Entre os tijolos de pedra deste húmido castelo a luz vejo trespassar
A esperança que todos os dias me liberta deste sufoco um pouco
E a luz um dia trespassará todos estes tijolos e vai por fim me desatar
Desatar de eternos anos de espera neste castelo onde o sóbrio vai ao louco
Sou princesa de um reino abandonado, castelo medieval de terrores
Sou princesa de um sentimento que jamais eu sentira, a temida solidão
Princesa de um castelo que neste momento é o pesadelo... temor de todos os temores!
Princesa de uma escuridão que só eu vejo, a escuridão de ignorância em que as pessoas não acreditam em quem são...
Tenho aqui outro que acho muito mais bonito que muitos que estão aí.
Nunca reparei nos elementos religiosos que uso nos meus poemas! Mas é verdade! x'D
Sou Princesa
Enclausurada em fortes paredes de pedra espero-o chegar
O eterno, derradeiro, único e amado guerreiro sem temor
O que tiver coragem de ao dragão o meu coração tomar
E desta prisão sufocante me libertar nos braços do verdadeiro amor
Entre os tijolos de pedra deste húmido castelo a luz vejo trespassar
A esperança que todos os dias me liberta deste sufoco um pouco
E a luz um dia trespassará todos estes tijolos e vai por fim me desatar
Desatar de eternos anos de espera neste castelo onde o sóbrio vai ao louco
Sou princesa de um reino abandonado, castelo medieval de terrores
Sou princesa de um sentimento que jamais eu sentira, a temida solidão
Princesa de um castelo que neste momento é o pesadelo... temor de todos os temores!
Princesa de uma escuridão que só eu vejo, a escuridão de ignorância em que as pessoas não acreditam em quem são...
Himmelslicht- Missing
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